A meio do caminho, com a visão turva por causa das lágrimas e da chuva, depois de muito conversar com a minha dor, disse para mim mesma: isto acaba aqui.
Respirei fundo. Sequei o rosto. Foquei o olhar na estrada escura e ergui a cabeça.
Renascerei como as estações ano após ano.
Aprendi uma lição: por vezes dar tudo é demasiado pesado para os outros. Por vezes, damos aos outros aquilo que deveríamos dar a nós próprios. Esquecemo-nos de nós, e um dia estamos sem nada.
Acabaram-se as expectativas, acabou-se também o insucesso.
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