Era um olho triste
Olhou-me de baixo descaído
Estava molhado como que salpicado pelo orvalho
Era límpido
Porém apagado
Chorava com amargura
E um travo a solidão
“Não me olhes” pediu-me ele
“Não me olhes que me vês”
E olhou para abaixo outra vez.
Ali ficou parado
No chão pregado
E uma lágrima se fêz.
20-04-2007
A caminho de Alverca
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